Observe esta imagem e faça a si mesmo a seguinte pergunta:
- Ate onde somos reféns da tecnologia?
Somos reféns quando deixamos de interagir com o próximo, quando decidimos ficar em casa atrás de uma tela, ao contrário de estarmos em interação pessoal e ao vivo com a família, com os amigos, com as pessoas que estão ao nosso redor? Eu me atreveria dizer que em pleno século XXI vivemos em uma sociedade Matrix, onde tudo esta conectado, onde é mais simples chegarmos em casa e nos plugarmos, sentir, cheirar, amar e existir.
Obviamente que a evolução da tecnologia rompe as barreiras da distância, tomo como exemplo a comunicação que tenho com meu pai que mora (no campo) no interior da cidade de Alegrete, através do Facebook matamos a saudade, conversamos um pouquinho, e dia após dia ele consegue acompanhar meus pensamentos, minhas ideologias, meu senso c´ritico, meus feitos, minha evolução acadêmica e profissional, através de um perfil que retrata a minha identidade pessoal de forma global. Exemplo disso é o modo de como algumas empresas contratam os candidatos, fazendo uma pré-análise (posição política, análise psicológica, religião, aptidões, etc...) através deste RG digital, sendo que os EUA já usufruem dessa ferramenta a um bom tempo, e certamente que não só para estes fins.
Mesmo diante de todo esse "avanço", ainda assim, rompemos os limites psicológicos que nos são impostos e nos tornamos reféns da tecnologia, observo isso enquanto um professor ministra sua aula: basta olharmos para o lado e logo veremos alguns colegas ao celular, dou voz a curiosidade e num piscar de olhos verifico que os mesmos estão conectado ao Facebook, deixando a explicação de lado. Não quero ser hipócrita, eu tenho meu celular, mas estou arcaico, pois não tenho o sistema Androide, mesmo sendo possível conectar-me a internet com o sistema Symbian ou semelhantes.
Dessa forma, fica evidente que os limites os quais rompemos nos tornam escravos de nós mesmos, onde de momento em momento queremos verificar o perfil, atualizar um post, visualizar uma curtida (a simples curtida da um livro), olhar aquela foto no Instagram, um papo com os amigos,etc..
Sabe do que realmente eu sinto falta?
Dessa interação humana, desse contato físico, de um happy hour (sem celular), daquele piquenique no Parcão de Porto Alegre, daquele chimarrão que reúne a família, daquele passeio com os cães, gatos, tartarugas, etc...é disso que eu falo! Estamos perdendo essa característica única e exclusiva...
Eu tenho medo do que possa acontecer daqui uns dez ou quinze anos, será que conseguiríamos manter tudo nesta mais perfeita comunhão? Não sei!
Saliento que as palavras aqui ditas não estão impregnadas de falso moralismo, até porque este não é o objetivo do presente texto, eu diria que esta mais próximo de um pessimismo realista do que um otimismo ilusório (Arthur Schoppenhauer). É necessário abrirmos os nossos olhos enquanto há tempo.
há limites para estarmos conectados, mas este é único e exclusivo de cada indivíduo, é o policiamento de cada um sobre si mesmo, para que não venhamos perder esta dádiva que é interagirmos uns com os outros ou segundo Sartre estaremos condenados à liberdade?
#delisgateupc #umchimarrão #passeiocomcães #piqueniquenoparcão